segunda-feira, 2 de junho de 2014

Riscos Psicossociais


No âmbito da campanha, promovida pela ACT – Autoridade das condições de Trabalho, sobre Riscos Psicossociais e stress laboral, fui solicitado pela coordenadora do estágio a realizar um panfleto sobre o tema. No inicio fiquei assustado porque era um panfleto para ser colocado na empresa e distribuído pelos clientes, ou seja era um trabalho muito importante, mas consegui concretizar com sucesso, este trabalho foi muito produtivo e tive grande satisfação em realizar porque assim deixei e meu contributo/trabalho na empresa.

Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são identificados como um dos grandes desafios contemporâneos para a saúde e segurança dos trabalhadores.

Os riscos psicossociais e o stresse relacionado com o trabalho são das questões que maiores desafios apresentam em matéria de segurança e saúde no trabalho. Têm um impato significativo na saúde de pessoas, organizações e economias nacionais. Cerca de metade dos trabalhadores europeus considera o stresse uma situação comum no local de trabalho, que contribui para cerca de 50% dos dias de trabalho perdidos. À semelhança de muitas outras questões relacionadas com a saúde mental, o stresse é frequentemente objeto de incompreensão e estigmatização. No entanto, se forem abordados enquanto problema organizacional e não falha individual, os riscos psicossociais e o stresse podem ser controlados da mesma maneira que qualquer outro risco de saúde e segurança no local de trabalho. (Agência Europeia (EU-OSHA)

Os riscos psicossociais são aspetos de programação de organização e gestão do trabalho, que em interação com os seus contextos socias e ambientais, têm potencial para causar dano psicológico, social ou físico. (Agência Europeia (EU-OSHA)


Fatores indutores dos Riscos Psicossociais

- Sobrecarga horária;
- Sobrecarga de trabalho mental e físico;
- Monotonia;
- Falta de delegação de autoridade;
- Burnout/esgotamento;
- Stress;
- Assédio moral e violência;
- Insegurança no emprego;

Os riscos psicossociais podem afetar qualquer pessoa a qualquer nível. Pode acontecer em qualquer setor e em qualquer tipo de organização, isto é afeta a saúde e a segurança dos indivíduos, mas também a saúde das organizações e da economia nacional.

Consequência para o indivíduo:

-Falta de disposição/desmotivação;
-Diminuição da concentração;
-Falha ou erro humano (acidente de trabalho);
-Irritabilidade;
-Mudanças no humor;
-Insatisfação;


Consequências Organizacionais dos Riscos Psicossociais

-Menor produtividade;
-Aumento do absentismo;
-Aumento de erros na tomada de decisão;
-Menor qualidade da produção/serviços prestados;
-Aumento do número de reclamações;
-Aumento da rotatividade/turnover;
-Deteriorização da imagem da organização;


Prevenir Riscos Psicossociais no Local de Trabalho:

A prevenção dos riscos psicossociais no âmbito laboral obriga a um envolvimento ativo e dinâmico por parte da entidade empregadora e por parte dos trabalhadores e dos seus representantes.
O empregador deve impulsionar avaliações de riscos psicossociais, especialmente a exposição combinada a riscos ergonómico-psicossociais, tendo em conta o uso de metodologias específicas, técnicas, instrumentos e modelos de análise (nomeadamente questionários, entrevistas individuais e de grupo, listas de verificação, dados relativos ao absentismo e à saúde e outros), mais adequados a cada contexto, contando com a participação dos trabalhadores e dos seus representantes.

Estabelecer um plano de ação
Estando identificados os problemas e sendo conhecidas as suas causas, o empregador deve implementar um plano de ação racional e prático, com o objetivo de solucionar os problemas identificados, ou seja, de proceder à redução do risco. Este plano de ação deve contemplar, entre outros, os seguintes aspetos: identificação do problema e como o mesmo apareceu ou está em vias de aparecer; a que se deve esse problema; quem deve ser implicado no plano; calendarização das ações a implementar e meios necessários; resultados esperados, medição destes resultados e avaliação do plano de ação.

Implementar o plano de ação
A implementação das medidas e as intervenções previstas no plano de ação são essenciais para a redução dos riscos, devendo ser acompanhadas, documentadas e discutidas de forma sistemática, de modo a determinar eventuais correções e permitir uma posterior reavaliação. O envolvimento e a participação dos trabalhadores e das chefias são fatores essenciais para a implementação do plano e aumentam a probabilidade de sucesso na redução do risco.

Avaliar o plano
O processo de implementação e os resultados finais obtidos devem ser avaliados, a fim de determinar a respetiva eficácia: pontos fortes e fracos do próprio plano e da sua aplicação.
Para este efeito, deve recolher-se a mais variada informação, preferencialmente de diferentes pontos de vista: dos trabalhadores, das chefias e de outros interessados (clientes, fornecedores e outros).






Por não ser uma doença propriamente, os sintomas do stress são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes. Podem ir desde uma dor de cabeça, distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou tensão muscular, a dificuldades respiratórias, dificuldade de memória, problemas digestivos, pressão alta, problemas cardíacos, e até mesmo distúrbios psíquicos como síndromes, depressão e pânico.

Referências Bibliográficas:

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