No
âmbito da campanha, promovida pela ACT – Autoridade das condições de Trabalho,
sobre Riscos Psicossociais e stress laboral, fui
solicitado pela coordenadora do estágio a realizar um panfleto sobre o tema. No
inicio fiquei assustado porque era um panfleto para ser colocado na empresa e
distribuído pelos clientes, ou seja era um trabalho muito importante, mas consegui
concretizar com sucesso, este trabalho foi muito produtivo e tive grande
satisfação em realizar porque assim deixei e meu contributo/trabalho na
empresa.
Os riscos psicossociais
relacionados com o trabalho são identificados como um dos grandes desafios
contemporâneos para a saúde e segurança dos trabalhadores.
Os riscos psicossociais
e o stresse relacionado com o trabalho são das questões que maiores desafios
apresentam em matéria de segurança e saúde no trabalho. Têm um impato
significativo na saúde de pessoas, organizações e economias nacionais. Cerca de
metade dos trabalhadores europeus considera o stresse uma situação comum no
local de trabalho, que contribui para cerca de 50% dos dias de trabalho perdidos.
À semelhança de muitas outras questões relacionadas com a saúde mental, o
stresse é frequentemente objeto de incompreensão e estigmatização. No entanto,
se forem abordados enquanto problema organizacional e não falha individual, os
riscos psicossociais e o stresse podem ser controlados da mesma maneira que
qualquer outro risco de saúde e segurança no local de trabalho. (Agência Europeia
(EU-OSHA)
Os
riscos psicossociais são aspetos de programação de organização e gestão do
trabalho, que em interação com os seus contextos socias e ambientais, têm
potencial para causar dano psicológico, social ou físico. (Agência
Europeia (EU-OSHA)
Fatores indutores dos Riscos Psicossociais
-
Sobrecarga horária;
-
Sobrecarga de trabalho mental e físico;
-
Monotonia;
-
Falta de delegação de autoridade;
-
Burnout/esgotamento;
-
Stress;
-
Assédio moral e violência;
-
Insegurança no emprego;
Os
riscos psicossociais podem afetar qualquer pessoa a qualquer nível. Pode
acontecer em qualquer setor e em qualquer tipo de organização, isto é afeta a
saúde e a segurança dos indivíduos, mas também a saúde das organizações e da
economia nacional.
Consequência para o indivíduo:
-Falta
de disposição/desmotivação;
-Diminuição
da concentração;
-Falha
ou erro humano (acidente de trabalho);
-Irritabilidade;
-Mudanças
no humor;
-Insatisfação;
Consequências Organizacionais dos
Riscos Psicossociais
-Aumento
do absentismo;
-Aumento
de erros na tomada de decisão;
-Menor
qualidade da produção/serviços prestados;
-Aumento
do número de reclamações;
-Aumento
da rotatividade/turnover;
-Deteriorização
da imagem da organização;
Prevenir
Riscos Psicossociais no Local de Trabalho:
A prevenção dos
riscos psicossociais no âmbito laboral obriga a um envolvimento ativo e
dinâmico por parte da entidade empregadora e por parte dos trabalhadores e dos
seus representantes.
O empregador deve
impulsionar avaliações de riscos psicossociais, especialmente a exposição
combinada a riscos ergonómico-psicossociais, tendo em conta o uso de
metodologias específicas, técnicas, instrumentos e modelos de análise
(nomeadamente questionários, entrevistas individuais e de grupo, listas de
verificação, dados relativos ao absentismo e à saúde e outros), mais adequados
a cada contexto, contando com a participação dos trabalhadores e dos seus
representantes.
Estabelecer um plano de ação
Estando
identificados os problemas e sendo conhecidas as suas causas, o empregador deve
implementar um plano de ação racional e prático, com o objetivo de solucionar
os problemas identificados, ou seja, de proceder à redução do risco. Este plano
de ação deve contemplar, entre outros, os seguintes aspetos: identificação do
problema e como o mesmo apareceu ou está em vias de aparecer; a que se deve
esse problema; quem deve ser implicado no plano; calendarização das ações a
implementar e meios necessários; resultados esperados, medição destes
resultados e avaliação do plano de ação.
Implementar o plano de ação
A implementação
das medidas e as intervenções previstas no plano de ação são essenciais para a
redução dos riscos, devendo ser acompanhadas, documentadas e discutidas de
forma sistemática, de modo a determinar eventuais correções e permitir uma
posterior reavaliação. O envolvimento e a participação dos trabalhadores e das
chefias são fatores essenciais para a implementação do plano e aumentam a
probabilidade de sucesso na redução do risco.
Avaliar o plano
O processo de
implementação e os resultados finais obtidos devem ser avaliados, a fim de
determinar a respetiva eficácia: pontos fortes e fracos do próprio plano e da
sua aplicação.
Para este efeito, deve
recolher-se a mais variada informação, preferencialmente de diferentes pontos
de vista: dos trabalhadores, das chefias e de outros interessados (clientes,
fornecedores e outros).
Por não ser uma doença propriamente, os sintomas do stress são indefinidos e ao mesmo tempo
abrangentes. Podem ir desde uma dor de cabeça, distúrbios do sono,
irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou tensão muscular, a
dificuldades respiratórias, dificuldade de memória, problemas digestivos, pressão
alta, problemas cardíacos, e até mesmo distúrbios psíquicos como síndromes,
depressão e pânico.
Referências Bibliográficas:
1- Agência Europeia (EU-OSHA) - Riscos psicossociais
e stress no trabalho
2- ACT- Prevenir os Riscos Psicossociais
http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/campanhas/Campanhamelhoriacontinuadascondicoesdetrabalhonaindustriadocalcado/Documents/AF_psicossociais_web.pdf