sábado, 7 de dezembro de 2013

Reflexão Final


E chegou ao fim!!

Foram 9 semanas de muito trabalho que sempre realizei com a maior dedicação e vontade de aprender.

Este estágio apareceu como um momento não só da prática, mas também como uma articulação e mobilização de diversos saberes teóricos construídos ao longo do curso.

Durante o estágio tive possibilidade de intervir nas diversas áreas de Saúde Ambiental entre os quais: avaliações das condições de segurança e higiene das escolas, capturas de mosquitos, vistorias industriais, queixas de insalubridades, colheitas de água de piscina, auditorias na sala de vacinação e de tratamentos e entre outros…. Todas foram  importante e adorei imenso em realizar.

Tive oportunidade de participar em várias reuniões de equipas básicas de Unidade de Saúde Pública, principalmente o grupo de observatório.
 “Cabe ao Técnico de Saúde Ambiental integrar na equipa do observatório de saúde, colaborando nas atividades necessárias à monitorização do estado de saúde da população”, portanto através dessa equipa participei na elaboração do Plano Local de Saúde do ACES de Sintra, que foi uma atividade muito importante para mim, aprendi muitas coisas de grande relevância que pode vir a contribuir muito na minha vida profissional.

Não posso adivinhar em que termos estaria a minha vida se não tivesse entrado no curso, mas posso afirmar que este estágio ajudou me a gostar e perceber ainda mais do curso, e que a breve conclusão do mesmo será um trunfo para novas conquistas no mundo do trabalho.

A dificuldade, tornou-se em aprendizagem e a dedicação nos frutos de um trabalho gratificante e, que sem dúvida vai deixar saudade. Penso que alcancei meus objetivos.

De este estágio, levo uma boa experiência de aprendizagem e ótimas recordações de todas as pessoas com quem contactava diariamente e que me acolheram de braços abertos desde o primeiro dia, e queria agradecer a todos os membros da Unidade de Saúde Pública do ACES de Sintra, os Médicos, as Enfermeiras, as Técnicas de Saúde Ambiental e as Administrativas.

Não podia deixar de  agradecer a minha professora Raquel Santos responsável por este estagio, que apesar da distância manteve sempre em contacto e disponível para me ajudar.

Um grande OBRIGADO a pessoa que contribuiu para que este estágio seja realizado e decorrer de forma sensacional o meu orientador TSA Carlos Lourenço que me recebeu muito bem. Queria agradecer lhe por tudo que ele fez por mim durante estas 9 semanas, pela sua ajuda, paciência, dedicação e vontade em me ensinar as coisas, em fim, não tenho palavras para o descrever o quanto ele foi importante durante este estágio.

E por fim queria agradecer a minha família principalmente aos meus pais um grande obrigado por tudo, porque se não fosse por causa deles tudo isto não seria possível e apesar da distância sempre me dão apoio e força. Ao meu irmão, a minha tia e meu tio principalmente pela estadia e disponibilidade em tudo. Também a todos que andaram a seguir o meu blog um muito obrigado.

Enfim MUITO OBRIGADO A TODOS!!

ViVa SaÚdE AmBiEnTaL!


Rodney dos Santos

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Tabagismo


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a pandemia do tabagismo foi responsável pela morte de 100 milhões de pessoas no século XX. Se não for controlada, poderá vir a matar mil milhões, ao longo do presente século (WHO, 2008).

Fumar é a primeira causa evitável de doença, incapacidade e morte prematura nos países desenvolvidos, contribuindo para seis das oito primeiras causas de morte a nível mundial (WHO, 2008).

Em Portugal, estima-se que o consumo de tabaco seja responsável por 1 em cada 10 mortes verificadas na população adulta e por cerca de 1 em cada 4 mortes verificadas na população dos 45 aos 59 anos (WHO, 2012).

Mais de 90% dos fumadores portugueses iniciaram o consumo antes dos 25 anos.

Cerca de metade dos fumadores portugueses nunca fizeram qualquer tentativa para parar de fumar. A cessação tabágica é, frequentemente, um processo difícil e sujeito a múltiplas recaídas. O objetivo de “erradicação” do tabagismo está, deste modo, longe de estar alcançado.

Em 2006, 20,8% da população residente em Portugal Continental era fumadora. Entre os fumadores, cerca de 10,6% fumava apenas ocasionalmente e 89,4% fazia-o diariamente. A proporção de fumadores atuais era mais elevada na população masculina: 30,5%, contra 11,8% das mulheres. Em ambos os sexos, o valor mais elevado encontrava-se no grupo dos 35 aos 44 anos: 44,6% e 21,2%, respetivamente, em homens e em mulheres.

Considerando a média dos 5 melhores valores europeus, no mesmo ano, verifica-se que a prevalência de fumadores em Portugal é ligeiramente superior (20,8% versus 19,5%). No entanto, esta diferença é mais elevada ao considerar apenas a população masculina (30,5% versus 21,2%). Por outro lado, Portugal é o país da UE em que a proporção de mulheres fumadoras é mais baixa.
  
TABELA 1 - POPULAÇÃO RESIDENTE DE 15 E MAIS ANOS FUMADORA (%), POR SEXO E LOCAL DE RESIDÊNCIA (2006)

     
HM
 
H

M
Norte
19,7
31,4
8,9
Centro
17,0
26.6
8,2
Lisboa e Vale do Tejo
23,1
30,5
16,2
Alentejo
23,0
35,5
11,2
Algarve
24,4
34,1
14,8
Portugal Continental
20,9
30,5
11,8
Média 5 melhores valores da EU
19,5
21,2
15,0

Fonte: Elaborado a partir de dados do 4º Inquérito Nacional de Saúde 2005-2006, INE/INSA, 2009 e WHO, Health for All Database, 2012.


Entre 1999 e 2006, os INS mostraram que o número de fumadores diminuiu (de 22,0% para 20,8%). Para a população masculina a prevalência de fumadores aumentou no grupo dos 15 aos 24 anos (de 29,7% para 31,4%) e diminuiu em todos os restantes grupos etários, com destaque para uma diminuição de 50,4% para 39,0% entre os jovens adultos (25 a 34 anos). Entre a população feminina também se observou diminuição da prevalência neste grupo etário. No entanto, registou-se aumento nos restantes grupos etários até aos 74 anos, com destaque para um aumento de 4,7 pontos percentuais nas mulheres dos 45 aos 54 anos.

Segundo o estudo Health Behaviour in School-aged Children (Matos et al, 2012), a percentagem de adolescentes escolarizados em Portugal, com 11, 13 e 15 anos, que responde que fuma todos os dias tem vindo a diminuir: 5,4% em 1998, 8,5% em 2002, 5,0% em 2006 e 4,5% em 2010. Não foram encontradas diferenças significativas para o género, na análise dos dados de 2010 relativos a experimentação e consumo de tabaco.

A designada Lei do Tabaco (Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto) veio alterar os hábitos tabágicos entre os fumadores, quer no que se refere à redução do fumo ativo, quer no que respeita aos comportamentos que visam a redução da exposição ao fumo passivo. O relatório da primeira avaliação do impacte da Lei do Tabaco, relativamente ao período 2008-2010 (DGS/INSA, 2011), reuniu evidência de que a prevalência do consumo do tabaco diminuiu cerca de 5% no período de dois anos de vigência da lei; relativamente às mulheres não foi encontrada evidência de que a prevalência do consumo de tabaco continuasse a aumentar.

Algumas doenças provocadas pelo  tabaco: 



Importante: O fumante passivo (aquele que fica em ambientes fechados respirando a fumaça de cigarro) também pode desenvolver algumas das doenças acima, principalmente as respiratórias.


Fonte:
- Organização Mundial da saúde (OMS);
- Lei  n.º 37/2007, de 14 de Agosto;
- Direção Geral da Saúde (DGS);
- Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA);
- Plano Nacional de Saúde 2012 – 2016;

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

9ª Semana

Esta semana continuamos  na elaboração do PLS.

Para a identificação dos problemas de saúde da população utilizamos os indicadores de mortalidade e morbilidade (informação sobre a doença, morte prematura e morte evitável). A metodologia utilizou os critérios:

Ø  magnitude (dimensão do problema utilizando, sobretudo, indicadores de mortalidade);
Ø  transcendência (trata-se de uma simples ponderação por grupos, neste caso, grupos etários, de maneira a valorizar as mortes/doença por determinada causa nesses diferentes grupos);
Ø  baseados numa perspetiva de (avaliação do potencial de ou possibilidade de) prevenção (também designado por vulnerabilidade);

Para isso foi necessário recolher dados estatísticos a nível nacional, regional e local  dos problemas de saúde referenciados no perfil:
ü  Doenças cardio-cerebrovasculares;
ü  Doenças Oncológicas;
ü  Tabagismo;
ü  Diabetes;
ü  Obesidade;
ü  Doenças respiratórias;
ü  Perturbações depressivas;
ü  Tuberculose;
Exemplo de um quadro para realização de critérios de definições de prioridades. Adaptado de Imperatóri


Valor da Escala

Critério

Magnitude


Transcendência Social


Transcendência Económico


Vulnerabilidade


1
Problema não preocupante pelos indicadores de morbilidade e mortalidade

O  problema não afeta significativamente a população

Problema sem repercussão económica
Grandes dificuldades práticas ou técnicas na redução do problema


2


Importância média
Afeta parcialmente à população ou grupos importantes

Problema de efeito médio
Problema redutível mas as medidas ou tecnologia a utilizar são de difícil aplicação


3


Dimensão importante nos indicadores


Dimensão importante nos indicadores

Grande repercussão económica por incapacidade ou perdas de produção
Problema que responde às medidas e tecnologias que se apliquem


 Alguns aspetos que me chamaram à atenção no Perfil de Saúde foram a taxa de mortalidade infantil e o acesso aos cuidados de saúde primário.

A taxa de mortalidade infantil no concelho de Sintra é superior à de Grande Lisboa e de Portugal para os anos estudados 2009, 2010, 2011.

Existe uma percentagem elevada de utentes sem médico de família que é cerca de 31%. Estes utentes não têm acessos a cuidados antecipatórios de saúde, nomeadamente entre outros:
  •  Rastreios oncológicos;
  • Vigilância de saúde infantil e juvenil;
Aprendi muito com essa atividade, foi mais uma valia para mim porque eu fiquei a saber como é elaborado um PLS, que é muito importante, pois permite identificar as necessidades de saúde da população e apresenta estratégia para resolver.