I- Programa Nacional de Saúde Escolar
A realidade da saúde escolar tem-se modificado.
Hoje, ao mesmo tempo recriamos as áreas
existentes, assistimos à emergência de novos desafios, pelo que urge adequar o
Programa a essa realidade, sem receio de perdemos a nossa identidade. (PNSE)
A maior parte dos problemas de saúde e de comportamentos
de risco, associados ao ambiente e aos estilos de vida, pode ser prevenida ou
significativamente reduzida através de Programas de Saúde Escolar efetivos.
As estratégias do Programa Nacional de Saúde Escolar
(PNSE) inscrevem-se na área da melhoria da saúde das crianças e dos jovens e da
restante comunidade educativa, com propostas de atividades assentes em dois
eixos: vigilância e proteção da saúde e a aquisição de conhecimento,
capacidades e competência em promoção da saúde. No desenvolvimento destas
atividades, as equipas de saúde escolar assumem um papel ativo na gestão dos
determinantes da saúde da comunidade educativa, contribuindo desse modo para a
obtenção de ganhos em saúde, a médio e longo prazo, da população portuguesa.(PNSE)
Realizámos uma vistoria para avaliação das condições
de segurança e higiene de uma escola. Para isso foi necessário preencher um
formulário disponibilizado pela DGS com vários parâmetros, importantes para a realização
dos relatórios, que em seguida são enviados para as identidades tutelares –
EDUCA Empresa Municipal e a DREL Direção Regional de Educação de Lisboa.
Esse formulário tem o critério de avaliação A, B, C,
NA em que:
A- Não se verifica
B- Média gravidade
C- Elevada gravidade
NA- Não se aplica.
II- Programa REVIVE
As doenças
transmitidas por vetores consistem numa interação dinâmica entre um agente patogénico,
o hospedeiro vertebrado, o vetor e o ambiente. Os agentes têm que ter a
capacidade de infetar e de se replicarem quer no vetor, quer no hospedeiro. Em muitos
casos, a transmissão do agente entre o
hospedeiro infetado e o vetor ocorre quando este se alimenta de sangue para promover
a oogénese ou para satisfazer outras necessidades nutricionais.
Quadro 1 – Exemplos dos agentes patogénicos mais comuns em Portugal e respetivos ciclos de transmissão
Agentes patogénicos
|
Principais Vetores
|
Ciclos de transmissão
|
Reservatório
|
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Chikungunya
|
Aedes aegypti,
Aedes albopictus
|
Homem-Mosquito-
Homem
|
Homem
|
||
Dengue
|
Aedes aegypti,
Aedes albopictus
|
Homem-Mosquito-
Homem
|
Homem
|
||
Vírus do Nilo
Ocidental
|
Culex, Aedes,
Anopheles,
Culiseta,
Coquillettidia,
Ocherotatus
|
Ave-Mosquito-
Homem
|
Ave
|
||
Vírus Toscana
|
Phlebotomus sp.
|
Flebótomo - Homem
|
Inseto
Flebótomo
|
||
Borrelia burgdorferi
B. garinii
B. afzelli (Borreliose
de Lyme)
|
Ixodes ricinus
|
Carraça - Homem
|
Ratos e Aves
|
||
Rickettsia conorii
(Febre escaronodular)
|
Rhipicephalus
sanguineus
|
Carraça - Homem
|
Carraça e
Roedores
|
Fonte: Departamento de Saúde Pública e Planeamento
Um
pouco por todo o país, os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), colaboram no
Programa REVIVE (Rede de Vigilância de Vetores) da Direção Geral de Saúde
(DGS), que tem como objetivo controlar as doenças transmitidas ao homem pelas
carraças e pelos mosquitos.
O trabalho dos Técnicos de Saúde Ambiental, no âmbito
do REVIVE, implica, recorrendo a técnicas específicas, efetuar a recolha de
mosquitos adultos e imaturos. Após a recolha dos espécimes, eles são entregues
no instituto Dr. Ricardo Jorge, para serem objeto de identificação
e de outros estudos, dando assim este grupo profissional um contributo
significativo para a identificação dos exemplares existentes em Portugal,
estando desta forma a contribuir para o geoprocessamento de informação útil à
tomada, pela DGS, de medidas e ações de vigilância e controle das doenças
transmitidas aos seres humanos pelos insetos.
O tipo de habitat deve ser indicado, assim como outras
observações que sejam importantes à descrição e caracterização do local de
colheitas, como por exemplo a presença de animais de pasto ou domésticos. As
coordenadas GPS de todos os locais de colheita devem ser registadas. A temperatura
máxima e mínima, a humidade, o vento e a chuva são também fatores a ter em
conta. Todos estes requisitos vão simplificados num Boletim de colheitas, que
será preenchido e cada colheita.
Realizámos colheitas de culicídeos (os conhecidos
mosquitos), em concreto capturas de mosquitos em fase adultas num colégio da freguesia de Algueirão-
Mem Martins
Captura de Mosquitos em fase Adulta:
A armadilha
CDC light-trap e gelo seco (CO2) é o equipamento utilizado para a captura
de mosquitos adultos e também é utilizada um termómetro para medir o valor
máximo e mínimo da temperatura e da humidade.
Estas
armadilhas são colocadas a 1,50 metros do solo e protegidas do vento, atraindo os insetos
através de uma luz ultravioleta, colocada junto de uma ventoinha que os aspira
para um saco.
A utilização
de gelo seco permite potenciar a quantidade de capturas.
A armadilha
é colocada ao final da tarde e retirada pela manhã.
Armadilha CDC light-trap
III- Queixas
Nesta semana analisámos 3 queixa em que 1 era sobre
carência social e foi enviada para entidade responsável a Técnica de serviço
social. As outras duas eram sobre insalubridade habitacional sobretudo causada
por baratas. Como estes casos, não apresentam risco para saúde pública, então
não têm a Autoridade da Saúde competência para resolver estes casos (Decreto-Lei
82/2009) http://dre.pt/pdf1sdip/2009/04/06500/0206202065.pdf. Em resposta a estas queixas foram enviados ofícios aos queixosos
juntamente com um panfleto de informações sobre baratas e saúde pública.
IV- Desinfeção
Processo mecânico ou manual com aplicação de
agentes desinfetantes que levam à destruição da maior parte ou totalidade dos
microrganismos existentes nas superfícies a descontaminar.
Para chegar ao processo de desinfeção, recebemos
uma queixa de uma habitação que estava em mau estado higiénico, e depois o caso
foi entregue ao Ministério Público, que mais tarde convocou a unidade saúde
pública junto com a empresa de desinfeção, policia e membro responsável da
Camara Municipal para a desinfeção da habitação. Nesse caso era importante a
presença da assistente social porque a habitante vivia sozinha e não tinha onde
ficar durante as 24 horas que teria que ficar fora da sua residência.
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