I- A
semana começou com a avaliação de higiene e segurança em duas escolas no
concelho de Sintra, ambas EB1/JI, no âmbito da Programa Nacional da Saúde
Escolar.
Segundo Decreto-Lei 117/95 de 30 de Maio o Técnico
de Saúde Ambiental atua na área de Saúde Escolar participando em ações de promoção
e manutenção da higiene e segurança dos estabelecimentos escolares.
Ao analisar as escolas deparamo-nos com algumas
irregularidades que foram mencionadas nos relatórios, como as seguintes:
ü Não existência de condições de acessibilidade a
viaturas de emergência ao recinto escolar;
ü Não existência área de recreio suficiente para a apoia
as atividades;
ü Nem todas as instalações sanitárias possuíam uma
correta ventilação;
ü Nas cozinhas não era respeitado o circuito
marcha-em-frente, e não tinha rede mosquiteira nas janelas possíveis de
aberturas;
ü Vedações e muros degradados;
ü Também nos
refeitórios não existiam adequados sistemas de lavagem e secagem de mãos;
II- COLHEITA DE ÁGUA DA PISCINA
No dia 22 de Outubro realizámos colheitas de água em
3 piscinas cobertas. Esta colheita foi
feita no âmbito do Programa Nacional de Vigilância Sanitária das Piscinas de
utilização coletiva da Região de Lisboa Vale do Tejo.
De acordo com a Diretiva do Conselho Nacional de
Qualidade n.º 23/93, a Piscina é uma parte ou um conjunto de construções e
instalações que incluam um ou mais tanques artificiais apetrechados para finais
balneares e atividades recreativas, formativas ou desportivas aquáticas (o
termo piscina pode ser também utilizado para designar os tanques onde se desenvolvam
as atividades aquáticas referidas). E distinguem- se em:
-
piscinas cobertas;
-
piscinas ao ar livre;
-
piscinas combinadas;
-
piscinas convertíveis.
Escolha dos Locais de Colheita
Na
colheita à superfície, a água deve ser colhida no lado oposto à entrada do
desinfetante, junto do rebordo interno da piscina, utilizando os frascos de
mão.
A
colheita de profundidade deverá ser efetuada no lado oposto à entrada do
desinfetante e no lado mais profundo da piscina, utilizando os frascos de
mergulho.
Matérias utilizado
Para
efetuar a colheita foi necessário o seguinte material:
- malas térmicas (com temperatura entre 4º e 6º C);
-
mala com aparelho para medição do pH, do cloro e da temperatura, humidade
relativa;
-
ficha de identificação da colheita;
-
etiquetas para identificação dos frascos de colheita;
-
luvas descartáveis
-
proteções de pés/chinelos
-
álcool
-reagentes
DPD1, DPD3 e phenol-red
Procedimento de Colheita
As colheitas de águas, são operações que têm de ser
feitas com o máximo de cuidado, pois se assim não for, os resultados finais da
análise da amostra, podem não ser representativos da água a analisar.
Para que a amostra seja representativa, é necessário
tomar algumas precauções:
- deve-se utilizar luvas esterilizadas e protetores
de sapatos;
- todo o material tem de estar esterilizado;
- os frascos de colheita têm de estar esterilizados
e têm de conter tiossulfato de sódio (para neutralizar o cloro da
amostra);
- o tempo máximo entre a colheita e a análise, deve
ter um máximo de seis horas, para que não hajam alterações da flora bacteriana;
- o transporte da colheita deve ser feito em malas
térmicas, com temperaturas entre 4º e 6º Celsius na ausência de luz.
Colheita
Microbiológica
Colheita de
superfície
O frasco de mão é utilizado para a colheita de água
à superfície. Para efetuar a colheita de água, abre-se o frasco mantendo-o em
posição oblíqua à superfície da água e esta vai entrando por arrastamento.
Depois de cheio até 4/5 do total, o frasco é fechado, identificado e colocado
dentro da mala térmica.
Colheita em
profundidade
Mergulha-se o frasco na água até cerca de meia
altura da altura total da piscina, abre-se o frasco e enche-se até 4/5 do
volume total, e depois o frasco é fechado, identificado e colocado na mala
térmica.
Colheita
Química
Lava-se duas ou três vezes o frasco com água do
tanque e enche-se de modo a não deixar bolhas de ar. O local da colheita deve
ser junto a uma das saídas da água.
No final da colheita, identificam-se os frascos das
amostras e preenche-se a ficha de identificação
da colheita.
Medições
in Loco
Para a medição do cloro residual livre enche-se um
tubo com 10 mL de água da piscina, e dissolve-se uma pastilha de DPD1. Para a
medição do cloro total dissolve-se uma outra pastilha DPD3 na solução do cloro
residual livre
Para saber o valor do cloro combinado faz-se a
diferença entre valor do cloro combinado e o residual livre.
Posteriormente a coloração obtida pela dissolução da
pastilha é comparada com um disco de cores padrão, onde se lê a quantidade de
cloro existente.
Na medição do pH, o procedimento é idêntico ao do
cloro, mas as pastilhas utilizadas são de Phenol-red.
Também é medido o valor da temperatura do ar na nave
da piscina e nos balneários, humidade relativa do ar na nave e a temperatura da
água do tanque.
Valores Limites
De acordo com o ponto 9.1, do capítulo 9 da Diretiva
n.º 23/93, do Conselho Nacional de Qualidade, o pH da água nos tanques das
piscinas deve estar compreendido entre 6.9 e 8.0. No entanto são aceitáveis
valores entre os 6.5 e os 9.5.
De acordo com o ponto 9.14.1, do capítulo 9 desta
mesma diretiva, o teor em cloro livre ativo deve ter um mínimo de 0.5 mg/L e um
máximo de 1.2 mg/L. No entanto, atualmente são aceitáveis valores até aos 2
mg/L. Em relação ao cloro combinado são admissíveis valores até 0.5 mg/L. A
temperatura deve variar entre os 28 e os 30.º C.
Parâmetros
Microbiológicos
Os parâmetros microbiológicos avaliados são no caso
das piscinas de utilização coletiva os referenciados pelo Instituto Nacional de
Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), e para o caso das piscinas de estabelecimentos turísticos
são os indicados no Decreto-Regulamentar n.º 5/97 de 31 de Março:
Piscinas de Utilização Coletiva Piscinas
|
Piscinas
de Estabelecimentos Turísticos
|
-Germes totais (37ºC, 48 horas)
- Coliformes totais
- Escherichia coli
- Enterococos fecais
- Estafilococos produtores de
coagulase
- Total de Estafilococos
- Pseudomonas aeruginosa
|
- Germes totais (37ºC, 24 horas)
- Coliformes totais
- Escherichia coli
- Enterococos fecais
- Estafilococos produtores de
coagulase
- Total de Estafilococos
- Pseudomonas aeruginosa
|
Para a realização da colheita em profundidade é
necessário mergulhar o frasco na água até cerca de meia altura da altura total
da piscina, e para o tal era melhor a utilização de frasco de mergulho, assim
seria uma colheita com mais rigor, visto que podemos ter uma piscinas com uma
altura enorme. E sem o frasco de mergulho como foi no nosso não foi muito correto, porque para mergulhar o frasco com o nosso braço nem sempre podemos
atingir a meia altura da piscina, como já tinha referido, no caso de uma
piscina com uma altura enorme e assim dificulta na colheita e pode originar
algumas irregularidades. Podem ver no video em baixo uma boa colheita em profundidade com ajuda de frasco de mergulho.
E por fim fica um video a demostrar como é que faz uma colheita de água da piscina.
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